Brasileiros sem medo do desemprego
Em 14 anos, índice que apura o medo de perder o emprego cai
31,4%. Formalização reduz insegurança e profissionais não receiam procurar
vagas com salários mais robustos
Em busca de qualidade de vida, Bárbara Mayer Assis de Souza,
de 22 anos, acaba de trocar de emprego. Com isso, aumentou o seu salário em 33%
e ainda por cima deixou de trabalhar nos fins de semana e feriados. Sonhando
com novos desafios, Rosenilda Ferreira da Silva, de 35, largou um emprego no
qual permaneceu por 15 anos e procurou uma nova profissão, incrementando seu
salário em 47,4%. Além do contracheque mais robusto, a inquietude profissional
de Bárbara e Rosenilda mostra que a instabilidade da economia ainda não abalou
a confiança dos brasileiros no mercado de trabalho. Em março de 1999, quando a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) começou a medir o Índice Medo do
Desemprego, o indicador estava em 108,5 pontos. Em junho deste ano, encolheu
para 71,3 pontos, o que significa uma queda de 31,4%.
Não é que as pessoas não estejam sentindo os solavancos da
economia, particularmente materializados em junho com a valorização do dólar, a
queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e o tenso quadro
inflacionário. Em março, o indicador da CNI para o mercado de trabalho tinha
sido ainda menor do que o de junho (69 pontos). “O fato é que o medo do
desemprego encontra-se num patamar histórico baixíssimo. O aumento da
formalização reduziu a insegurança.
O mercado de trabalho desacelerou, mas continua aquecido e
os brasileiros se sentem mais seguros”, explica Marcelo Azevedo, economista da
CNI. Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra
que de 2003 a 2012 o percentual de empregados com carteira assinada no setor
privado, considerando toda a população do país, cresceu 53,6%, passando de 7,3
milhões para 11,3 milhões, enquanto a expansão do total dos ocupados foi 24%
(de 18,5 milhões para 23 milhões).
Fonte: Estado de Minas
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