Legislação sobre repartição de benefícios é complexa
Dois
cientistas políticos de universidades europeias farão diagnóstico dos problemas
do marco regulatório brasileiro
O
conjunto regulatório vigente no Brasil sobre gestão do patrimônio genético,
conhecimentos tradicionais associados e repartição de benefícios é muito
complexo, com interpretações divergentes por parte dos órgãos fiscalizadores
governamentais. Esta constatação foi colocada no debate da tarde de segunda-feira (05/08), durante o Seminário Internacional sobre Análise de
Regimes Regulatórios de Gestão do Patrimônio Genético, em Brasília, realizado
no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Os
cientistas políticos Kai Wegrich, da Alemanha, e Martin Lodge, da Inglaterra,
fazem o levantamento das expectativas comuns a todos os setores da economia do
país e dos impasses gerados pelo complexo legal relacionado ao uso e repartição
de benefícios relativos ao patrimônio genético brasileiro. Os objetivos das
entrevistas com representantes dos setores de agricultura, indústria, governo,
povos e comunidades tradicionais e academia são explicitar os objetivos e
restrições de cada área, reunir contribuições de todos os setores para ajudar
na elaboração de nova proposta de marco legal. Na tarde desta terça-feira,
serão entrevistados os representantes dos povos e comunidades tradicionais e do
setor acadêmico.
Os
dois pesquisadores da União Europeia apresentarão um relatório sobre as
entrevistas realizadas nesta segunda-feira e terça-feira, a ser debatido no Workshop sobre Governança Regulatória de Acesso e
Repartição de Benefícios, que ocorre dias 7 e 8 de agosto, na sede do MMA, das
14h às 20h. Participam da abertura do evento o secretário executivo Francisco
Gaetani, e o secretário de Biodiversidade e Florestas Roberto Cavalcanti,
também presidente do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN).
Fonte: Ministerio do Meio Ambiente
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