Fundacentro e MPT discutem termo de cooperação
A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança
e Medicina do Trabalho (Fundacentro) e o Ministério Público do Trabalho (MPT)
estão avaliando a criação de um termo de cooperação com objetivo de orientar
novas formas de atuar em conjunto.
Entre
os aspectos analisados, destacam-se questões criminais envolvendo acidentes do
trabalho, cuja responsabilidade é dos ministérios públicos estaduais, entre
outras instituições, e a destinação de verbas de termos de ajuste de conduta
(TAC) na área do trabalho. A
ideia do termo de cooperação foi debatida na reunião entre os coordenadores de
Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), os procuradores Philippe Gomes
Jardim e Ronaldo Lira e os representantes da Fundacentro Maria Cristina de
Barros, Amarildo de Miranda, Maria Amélia de Souza Reis e Hilda Alevato.
Ocorrida
na semana passada em São Paulo, a reunião também avaliou como serão destinados
os R$ 200 milhões que a Shell e a Basf terão de pagar no prazo de cinco anos,
como dano moral coletivo. As empresas foram condenadas por terem fabricado
pesticidas em Paulínia (SP) e contaminado pessoas e o meio ambiente, resultando
em mais de 60 mortes. Inicialmente
o valor do acordo no caso Shel/Basf contemplaria a Fundacentro, o Cerest de
Campinas e a construção de uma maternidade. Mas o uso do dinheiro será ampliado
para outras entidades de reconhecido saber na área, que poderão apresentar
projetos ao Ministério Público do Trabalho para obter recursos oriundos da
indenização por dano moral coletivo.
As
entidades candidatas aos recursos devem desenvolver programas que contemplem
atividade ou investimento destinado à pesquisa, prevenção e tratamento de
vítimas de intoxicação ou doenças decorrentes de desastres ambientais. Podem
concorrer ainda projetos que envolvam contaminação ambiental, exposição a
substâncias tóxicas e queimaduras em acidentes de trabalho.
Fonte: Revista Proteção
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