01 junho, 2011

Retrospectiva 26 de abril

Mulheres são mais afetadas
Transtornos psíquicos causam afastamentos entre as trabalhadoras.

 A profissão de aeronauta é sem dúvida uma atividade de risco, que exige atenção constante, alto nível técnico e controle emocional. Em poucos segundos, os tripulantes têm que ser capazes de tomar uma decisão da qual depende a vida de contenas de pessoas. Somando a isso, estão distância da família e dificuldade de conciliar o trabalho com a vida social. Por isso, o elevado índice de estresse e problemas psicológicos nesse grupo de trabalhadores.
 "Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), saúde é o completo bem-estar físico, mental e social. O aeronauta, voando em escalas 5 por 1 ou por 2, não tem vida social, portanto é um doente por definição. Quando se torna incapaz de gerenciar sua vida social e familiar, por culpa da escala de voo, acaba usando outros artifícios pra sobreviver na sociedade, mas, nem sempre consegue. Há situações pessoais bem complicadas em relação à família, com perda de referência, interesse e coflitos conjugais", relata o médico especializado em avião José Eduardo Helfenstein.
 Segundo a pós-doutora em Saúde do Trabalhador Anadergh Barbosa-Branco, professora da UnB (Universidade de Brasília), o setor de transporte aéreo é o sétimo ramo de atividades com o maior número de afastamentos por transtornos mentais, como estresse, depressão e fobia, que afetam principalmente as mulheres. Entre elas, esta é a segunda causa de afastamento do trabalho, ficando atrás apenas dos agravos durante a gravidez, parto e pós-parto. Entre os homens, predominam as lesões e as doenças do sistema ósteomuscular e do tecido conjuntivo.
 Em 2009, estudo realizado no Sri Lanka revelou que 40% dos comissários de bordo sofreram lesões nos últimos seis meses, principalmente entorses e distensões, queimaduras e cortes. Ainda 56% deles relatam a ocorrência de dores nas costas no período. As comissárias apresentaram um risco três vezes maior de sofrerem um acidente de trabalho do que os comissários.



Fonte: Revista Proteção.    

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