Economia verde: um jogo de mão dupla
Sempre que se discute qual seria a melhor maneira para implantar uma nova cultura corporativa, parece que o assunto se polariza entre ações verticais, de cima para baixo, impostas pela gerência, ou ações de baixo para cima, que se desenvolvem coletivamente, pelos colaboradores. Como se houvesse uma divisão absoluta entre as estratégias. Uma fosse melhor que a outra. Ou uma excluísse a outra.
No caso da sustentabilidade ambiental, para que a empresa incorpore esse conceito e passe a agir sob o paradigma da economia verde, as ações são múltiplas. Muitas delas podem vir de cima para baixo e ganhar o gosto dos colaboradores, por serem importantes e eficazes. O conceito, este sim precisa ser discutido em grupo, ser devidamente entendido, para a conscientização seja revertida em mudança de conduta, em estilo de vida.
Mesmo assim, a proposta só passa a ser discutida se houver determinação da alta gerência. Claro que existem empresas que alcançaram um grau de liberdade em que seus próprios colaboradores dão início aos movimentos aos movimentos objetivando mudança culturais. Essa seria a condição ideal. O que não exclui a verticalização do processo. Muitas determinações podem vir de cima a serem absorvidas pela base, num jogo de mão dupla.
Vamos pegar, por exemplo, ações aparentemente banais, como o uso do papel para impressão. Há empresas que já se libertaram das máquinas impressoras e trabalham apenas com documentos virtuais. A mudança, no entanto, pode ter ocorrido naturalmente, seguindo um planejamento anterior, que culminou na racionalização máxima dos processos.
Há o caso dos bancos que adotaram o uso dos dois lados do papel. Pouco importa ser a proposta veio da cima para baixo ou de baixo para cima. O que importa é que se trata de uma boa medida, que já tem dado bons resultados, com redução drástica do desperdício.
È interessante observar ainda que o uso de apenas uma lado do papel não era visto como um desperdício, mas como um conceito de organização, de limpeza, de padrão. Por isso, era um absurdo sim alguém pensar na possibilidade de usar so dois lados para impressão de documentos. Isso porque as questões ambientais ainda não estavam na pauta e os paradigmas da economia verde eram vislumbres, de baixa aplicabilidade.
O tempo mudou e as corporações perceberam que por trás da sustentabilidade há um grande potencial para se ganhar dinheiro. Afinal, os bancos passaram a economizar papel, o que é um bom negócio. Todas as medidas que visam a preservação ambiental podem, num primeiro momento, parecer complexas e dispendiosas. Mas depois de alcançados os objetivos, passam a agregar valor à empresa, aos produtos e aos serviços. Ou seja, a gerar mais dinheiro.
Pensar em nova cultura corporativa deve ser, portanto, uma iniciativa de todos, visando ganhos futuros, tanto pra a empresa como para a sociedade. Se a aplicação das ações são de baixo para cima ou de cima para baixo, pouco importa. O que importa é a conscietização coletiva sobre os propósitos e as metas a serem alcançadas.
Verticalização No caso da sustentabilidade ambiental, para que a empresa incorpore esse conceito e passe a agir sob o paradigma da economia verde, as ações são múltiplas. Muitas delas podem vir de cima para baixo e ganhar gosto dos colaboradores, por serem importantes e eficazes. |
fonte: Boletim do Empresário NTW Contabilidade e Gestão Empresarial.
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