Qualidade, um desafio sempre presente.
Porque a conquista de novos mercados tende a se tornar mais complexa.
O empresário deve sentir na própria pele a hora certa de arrumar sua empresa. Os sinais de cobrança chegam por vários caminhos e chamam a atenção para os gargalos que podem comprometer o negócio num futuro próximo. A concorrência bateu à porta? O desperdício de potencial é elevado? Os colaboradores andam desmotivados? Os clientes estão exigindo melhorias? Está na hora da informatização dos processos? O índice de falhas na produção está aquém da expectativa?
Se a liderança estiver disposta a decifrar esses sinais e a levá-los a sério, vai perceber que não há mais tempo para adiar as mudanças. Nessa fase do inicial, do diagnóstico, é importante perceber a dimensão dos problemas, anotá-los e ter certeza de que é preciso renovar os conceitos de gestão para que os ajustes não sejam apenas superficiais.
A essência dessa fase é se dispor ao novo. Sem que o dono do negócio esteja determinado a dar um passo ousado para alavancar sua atividade, melhorando seu ralacionamento com os colaboradores e clientes, não há o que conversar.
A intuição afinada, portanto, é o primeiro sensor. Na sequência, entra a razão. As decisões dependem do estágio do negócio, do tamanho da empresa e dos problemas existentes. Para dar o encaminhamento seguro e correto, sem se perder, nada melhor que conversar com especialistas.
No caso das pequenas e médias empresas, o Sebrae desenvolveu o Programa Sebrae de Qualidade Total, que pode ser aplicado com custos relativamente baixos. Mas dependendo do tamanho da empresa e da coplexidade de seus processos, os programas avançaram para a série ISO 9000 e 6 Sigma, com suas respectivas particularidades na aplicação de métodos enxutos de produção.
Se a empresa nunca passou por melhorias em seus protocolos, o Programa 5s (cinco sensos) pode ser o ponto de partida. |
Se a empresa nunca passou por melhorias em seus protocolos, o Programa 5s (cinco sensos) pode ser o ponto de partida. Trata-se de um importante modelo participativo e propulsor da qualidade e da produtividade. Ele mexe com o sentido de espaço, mudança de hábitos, atitudes da equipe e melhora do ambiente interno.
Muitas empresas pequenas conseguiram dar passos gigantescos ao aplicar esse programa de limpeza, que orienta para a autodisciplina e organização. Mas outras naufragaram por não se submeter à mudança de cultura necessária. Com o processo de repetição organizado, a produtividade tende a aumentar e o índice de falhas, a cair permitindo queda nos custos e aumentos da competitividade.
A conquista, portanto, é gradativa e precisa ser monitorada e medida, com mecanismos que os próprios programas oferecem e os colaboradores desenvolvem. Cada passo à frente abre-se os caminhos para os protocolos ainda mais detalhados. Porque a conquista de novos mercados tende a tornar mais rigoroso o vínculo entre colaboradores e fornecedores, o que exige a consolidação da transparência nesse relacionamento, para que não haja ruídos comprometedores na produção e distribuição.
O avanço, portanto, tem limites. Quando se fala, por exemplo, em empresas de classe mundial, em que todos os programas de qualificação já foram aplicados com sucesso, a competitividade entre elas tende a migrar para a área da inovação. Por incrível que pareça, a inovação não convive muito bem com padronizações. Nesse caso, o rigor nos protocolos, a busca pela otimização limite dos processos podem engessar a criatividade da equipe ao invés de predispô-lo ao inusitado.
A inovação, portanto, é a nova fronteira das empresas classe mundial. E compete a elas saber mesclar as aplicações de programas convencionais de qualidade nos setores em que isso faz sentido, com a criação de ambientes livres para a imaginação e pesquisa. Sem que um ambiente comprometa o desempenho do outro.
Fonte:Boletim do Empresário NTW Contabilidade e Gestão Empresarial.
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