Venenoso e peçonhento
Há uma pequena, porém importantíssima, diferença entre animais venenosos e peçonhentos. Os animais peçonhentos, além de serem venenosos, possuem um mecanismo qualquer que os permite injetar seu veneno no organismo de outro animal. Como exemplo de animais peçonhentos há as abelhas, aranhas e algumas cobras. Já os que são chamados de venenosos possuem as substâncias tóxicas, mas dependem da situação para usá-las. Isso acontece com os sapos e algumas espécies de borboletas.
Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos
Em meados de 1985, a população brasileira tomou conhecimento, através dos meios de comunicação de massa, de uma realidade que, embora preocupante, ficara até então restrita aos meios técnicos: a da falta generalizada de soros antiofídicos no país.
A crise foi detonada em 1983, quando o Laboratório Syntex que fabricava 300 mil ampolas anuais, suspendeu suas atividades no Brasil. Tal fato fez com que o atendimento da demanda nacional ficasse limitado, dessa forma, aos laboratórios oficiais: os Institutos Butantan (SP) e Vital Brazil (RJ) e a Fundação Ezequiel Dias (MG) – incapazes, no entanto, de viabilizar as condições técnico-operacionais e administrativas necessárias para suprir satisfatoriamente o mercado.
A falência do sistema de produção de antivenenos no país culminou em maio de 1986, com a morte de uma criança em Brasília, sendo o óbito atribuído a falta de soro.
Este fato foi o desencadeante “político-emocional” que levou o Ministério da Saúde, já em junho do mesmo ano, a implantar o Programa Nacional de Ofidismo.
A partir daí os acidentes ofídicos passam a ser de notificação obrigatária no país.
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