11 agosto, 2010

AIDS (Campanhas 2010)

Como funciona a infecção por HIV?
O vírus entra no corpo. E ataca os glóbulos brancos (linfócitos T4), que são muito importantes na defesa imunológica do organismo. Esta situação pode se prolongar meses ou anos, sem nenhum sinal aparente da doença. Nosso organismo já está infectado pelo HIV mas a doença ainda não se manifestou. Pessoas neste estágio de infecção são chamadas de "soropositivos, assintomáticos", e podem infectar:
os parceiros sexuais;
• aqueles ou aquelas com quem compartilhamos o uso de seringa;
• a mulher grávida pode passar para a criança.
Às vezes o vírus - por razões ainda mal conhecidas - pode se tornar "ativo", se reproduzindo dentro de T4 e liberando uma grande quantidade de vírus infectando outros linfócitos T4 (glóbulos brancos). Quando um número importante de células T4 são destruídas por conseqüência da infecção pelo vírus, as defesas imunitárias do organismo se debilitam. É nesse momento que aparecem os sintomas da doença:
• febre persistente, diarréia prolongada, erupções cutâneas;
• emagrecimento sem causa aparente;
• infecções "oportunistas" devido à multiplicação de germes com os quais normalmente vivemos sem perigo;
• câncer de pele (sarcoma de Kaposi);
• gânglios.

O que quer dizer "ser soropositivo"?
Quer dizer que a pessoa é portadora do vírus e que o organismo fabricou um mecanismo de defesa: os anticorpos. São esses anticorpos que são detectados no teste.
A "soropositividade" apenas mostra a presença do vírus no organismo; não significa estar doente com a AIDS. Na maioria das vezes o soropositivo não apresenta nenhum sinal da doença.



O que quer dizer "soroconversão"?
Este ponto é muito importante. Uma pessoa pode estar com o vírus e apresentar um teste negativo. Por quê? O teste sempre mostra os anticorpos reagindo ao vírus, e não o vírus propriamente. Se o organismo não teve tempo de fabricar estes anticorpos, não vai aparecer nada no teste. O período de fabricação de anticorpos suficientes para serem detectados no teste é de aproximadamente 3 meses (para a maioria das pessoas). Isto é "soroconversão".



A partir de que momento passamos do estágio de "soropositivos" para a doença AIDS?
Após um período que dura geralmente muitos anos. Os vírus que "dominam" nas células acordam e destroem progressivamente o sistema de defesa do organismo. O debilitamento das defesas imunológicas acarreta a aparição de alguns dos sintomas já mencionados.

Ser "soropositivo" significa que vamos obrigatoriamente desenvolver a AIDS?
A evolução da infecção pelo HIV não é a mesma para todos. Alguns indivíduos são "soropositivos" há muitos anos e continuam aparentemente bem.
Na maioria dos casos, a doença AIDS só aparece num período de 8 a 10 anos. Estas estimativas variam na medida em que conhecemos melhor a doença e seus tratamentos. Parece que certos elementos apressam o aparecimento da doença:
• a recontaminação do indivíduo pelo HIV;
• a infecção simultânea por outros germes.
Poderiam também existir fatores desconhecidos, como a virulência maior ou menor do HIV.
Como saber se somos "soropositivos"?
Fazendo um teste anti-HIV a partir de uma coleta de sangue. A presença de anticorpos específicos é a prova da infecção pelo vírus.



Por que procurar saber se somos "soropositivos"?
Evitar a recontaminação, isto é, contaminações repetidas por HIV ou outras infecções que aceleram a passagem e a evolução para a doença AIDS.
Ter acompanhamento médico regular. Um tratamento precoce retarda a evolução para a doença e permite tratar as infecções para evitar complicações graves. Ter acesso à profilaxia primária das infecções mais freqüentes, aumentando deste modo a sobrevida.
• Tomar todas as precauções necessárias para não contaminar os parceiros sexuais.
• Evitar a gravidez com conhecimento de causa, evitando ficar grávida ao saber que é "soropositiva".
O teste anti-HIV pode ser pedido por um médico, mas não pode ser feito em nenhum caso sem o consentimento da pessoa.

Existem riscos de contaminação na vida cotidiana?
Não. O vírus não se transmite pelo ar, nem por via subcutânea, nem por saliva, nem por lágrimasss, nem por suor ou urina.
• Então não precisamos temer contatos como: dar a mão, beijo, lágrimas, talheres mal lavados, comer junto com um "soropositivo", lençóis, telefones públicos, transportes comunitários, cinemas, quadras esportivas, escolas, local de trabalho, visitas a hospitais ou a médicos.
• Os desinfetantes clorados utilizados nas instalações públicas são eficazes para destruir o vírus (piscinas, duchas, banheiros).
Podemos nos contaminar por atos médicos ou paramédicos?
As consultas médicas, a acupunturistas ou a dentistas são sem riscos, já que eles aplicam medidas de higiene. Quando são tomadas as precauções (esterilização ou utilização de material descartável), não se deve ter medo de tatuagens ou furos nas orelhas. Se recomenda ter certeza que a desinfecção praticada é adequada. Não existe risco com instrumentos de cabeleireiro e manicure, desde que o material de desinfecção também seja desinfetado com cândida ou Q-boa.

fonte: http://www.famema.br/ligas/lapa/faq.html

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