Comida japonesa: higiene em risco
Se para alguns soa estranho comer arroz empapado enrolado em alga, com vegetais e peixes crus, para muitos a culinária japonesa tornou-se indispensável em diversos casos, sinônimo de comer bem e com saúde. E é cada vez mais comum os restaurantes que trabalham com esse tipo de comida oferecer o delivery, que facilita a vida do consumidor que quer degustar no conforto de casa (ou no agito do trabalho) esses saborosos pratos. Para testar a segurança e a qualidade desse tipo de seviço, realizamos um teste com oito restaurantes e verificamos a qualidade microbiológica dos alimentos após a entrega. E a nossa principal conclusão é que é preciso ter atenção e seguir alguns cuidados antes de cosumir esse tipo de alimento - e, sempre que possível, fugir do sushi e do sashimi fora do restaurante. Esse tipo de alimento, quando mal manipulado e mal transportado, pode provocar sérios problemas à sua saúde.
Como critério de seleção, escolhemos os restaurantes que realizavam entregas na Vila Clementino em São Paulo. Fizemos um pedido padrão para cada um dos estabelecimentos, com sushi de salmão (arroz com um filé de salmão em cima), sushi de atum (filé de atum) e hossomaki de atum (enrolado de alga com recheio de arroz e atum, também conhecido como tekkamaki). Após o recebimento, providenciamos o transporte imediato (com controle de temperatura a 4°C) para o laboratório. Os resultados retratam uma fotografia do momento, ou seja, refletem a situação do estabelecimento no períodem que as análises foram feitas.
Coma com atenção - e sem prejudicar a saúde
Fuja do delivery
As mudanças de temperatura no transporte fazem com que os alimentos percam qualidade e estejam mais sujeitos às contaminações.
Visite a cozinha do restaurante
Peça para ver o local e observe a limpeza. Esse é um bom indicador da qualidade do alimentos - afinal, se o sushi for preparado numa cozinha suja, há grandes chances de a comida estar contaminada.
Observe o sushiman
A higiene pessoal e as atitudes do manipulador são bem importantes. Veja se ele está com as unha curtas e limpas, a barba feita ou aparada, se usa touca (para evitar que caia cabelo nos alimentos) e, principalmente, se ele tosse, espirra ou fala em cima da comida.
Verifique a frequência de clientes
Se o restaurante tem boa rotatividade, o tempo de exposição do peixe diminui e, consequentemente, você sempre comerá peixe fresquinho.
Peixe exposto...
...é peixe refrigerado. Caso os produtos fiquem expostos em bufês, estes devem ser refrigerados.
Não deixe para depois
Após ser servido - ou se servir o bufê -, consuma imediatamente.
Fonte:Proteste Associação de Consumidores.
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