01 agosto, 2013

Recursos Humanos

Qual o papel das emoções na construção de uma marca pessoal?


Quando falo de marca pessoal evoco o sentido dos valores que permeiam nosso posicionamento e impactam diretamente no processo de construção da nossa marca. O modo como nossos valores pautam nossas ações e essas, por sua vez, suscitam emoções diversas nas pessoas com quem lidamos. Pois, na verdade, o ser humano, por condição natural, busca obter como retorno algum tipo de sensação que o faça sentir-se bem, nas suas relações interpessoais. E isso deveria ser tão óbvio, mas não é.


E hoje, qual o tipo de emoção nossas ações provocam naqueles com quem nos relacionamos?


Por muitas vezes o modelo de construção de uma marca pessoal ainda é pautado por estereótipos vinculados apenas a conotações de valor externo. O apelo provém de convicções em massa pela influência de alguns meios ou convenções de modelos de sucesso. Mas, se a cada dia surgem evidências de que as emoções têm papel crucial nos processos de tomada de decisão, por que não alinhar nossa conduta a essa premissa?


No processo de formação de uma marca pessoal, é determinante estabelecer vínculos empáticos com quem interagimos para, então, perceber a real necessidade em questão, seja do ponto de vista pessoal ou profissional. Afinal, não somos compartimentados, portanto, ao agirmos de forma pessoal estamos, também, influenciando o modo como nossa imagem profissional será percebida. A marca pessoal muitas vezes se confunde com a marca profissional, pois a linha entre ambas é tênue.


As emoções são registradas pela maneira como lidamos com determinadas situações. O que indica que, situações idênticas trarão à tona emoções convergentes. Tudo o que nos chama a atenção e provoca interesse nos leva a sentir um determinado tipo emoção.


A forma como percebemos os acontecimentos suscita em nós respostas emocionais. O "como" interpretamos uma situação justifica a emoção que sentimos. Nossas aspirações, metas, objetivos, necessidades, motivações e mesmo apreensões nos levam a registrar emoções pelo modo como julgamos e interpretamos os acontecimentos.


Se os valores vinculados à nossa marca pessoal transmitem às pessoas com quem lidamos a sensação de bem-estar, certamente seremos lembrados e solicitados com mais frequência. É apenas uma mera questão de observação, afinal, com qual tipo de pessoas preferimos lidar? Àquelas que provocam em nós bons ou maus sentimentos?


A respeito da sustentabilidade da nossa marca pessoal, devemos, antes de tudo, nos questionar se o que dizemos e fazemos tem coerência e contribui, efetivamente, para a geração de emoções positivas naqueles com quem nos relacionamos. Esse aspecto, certamente, será levado em conta no processo de formação de uma imagem a nosso respeito.



Na decisão de construir uma marca pessoal, portanto, é imprescindível considerar que, além dos conceitos de apresentação, posicionamento, comunicação, networking, ética e conhecimento geral, sejam colocados em perspectiva a necessidade de geração de bons sentimentos e emoções no nosso entorno pessoal e profissional. Esse, certamente, é o maior legado que uma marca pessoal pode pretender registrar.

Fonte: RH.com.br

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