01 agosto, 2013

Meio Ambiente

Terceira etapa de programa federal prevê investimentos de R$ 200 milhões nas redes de cooperativas de catadores 

A terceira etapa do programa Cataforte - Negócios Sustentáveis em Redes Solidárias foi lançada na manhã desta quarta-feira (31/07), no Palácio do Planalto. A iniciativa prevê investimentos de R$ 200 milhões para empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, possibilitando inserção de cooperativas no mercado e a agregação de valor na cadeia de resíduos sólidos. Durante o evento, foi lançado edital para selecionar redes de cooperativas de recicláveis de todo o país para acessar recursos do programa. 

“Os catadores de material reciclavel tem um importante papel de transformação", afirma o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão. “A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem, claro, uma importante função ambietal, mas também envolve o setor produtivo, envolve toda a sociedade. O que nós, parceiros, queremos é ver os catadores inseridos definitivamente à cadeia produtiva”. 

O Cataforte teve início em 2009, visando o fortalecimento das organizações sociais e produtivas, das suas formas de autogestão e dos empreendimentos econômicos solidários. As ações já realizadas e em andamento beneficiaram 250 empreendimentos solidários de catadores e processos de formação, constituição e formalização de 35 redes solidárias desses empreendimentos. 

COLETA SELETIVA 

O Cataforte destinará recursos para a estruturação de cooperativas e associações, possibilitando que estes empreendimentos solidários se tornem aptos a prestar serviços de coleta seletiva para prefeituras, participar no mercado de logística reversa e realizar conjuntamente a comercialização e o beneficiamento de produtos recicláveis. 

O representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandro Cardoso, destacou que esse investimento de R$ 200 milhões será feito direto no meio ambiente. “É um investimento, diferente do habitual, antes dos desastres”, explica. “Normalmente investimos em meio ambiente depois de enchente, de deslizamento. Dessa vez não. Estamos investindo direto em meio ambiente e em inclusão social. Queremos fazer uma gestão de resíduos participativa, como pede a Política Nacional de Resíduos Sólidos”. 

Serão realizadas ações de assistência técnica; capacitação de catadores e lideranças; apoio à elaboração de planos de negócios; ampliação e nivelamento da infraestrutura das cooperativas. O programa prevê ainda acesso a produtos de fomento produtivo, investimento, negócios sociais e capital de giro disponibilizados pelo Banco do Brasil, como o Cartão BNDES, Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). 

O programa congrega diversas parcerias de órgãos de trabalhavam separadamente o mesmo tema em uma única iniciativa, reunindo a Secretaria Geral da Presidência da República, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Trabalho e Emprego, Fundação Nacional de Saúde, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil e a Petrobrás.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente

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